vagueando pela tarde iluminada por réstias de sol que se mostravam por entre os prédios altos, ao longo da rua escura e fria, fui procurando um poiso, um sítio onde me pudesse deixar ficar durante aqueles escassos minutos que intercalavam o tédio. Finalmente lembrei-me do passeio habitual dos fins de tarde de sol de segunda-feira mas quando la cheguei o meu canto tinha-me sido roubado por um cao. Sentei-me entao um pouco mais afastada...troquei o típico passeio português pela soleira de uma porta, o muro frio pela madeira. Enquanto descansava fui pensando...nada mais do que coisas banais encheram-me a cabeça, as dores de costas, o cansaço, a preguiça... Por momentos senti uma profunda tristeza, agravada pela sombra que começaa a cobrir rapidamente o meu corpo. Olhei para o sol e vi-o a desaparecer por detrás do prédio branco de uma forma subtil. Pensei em mudar de banco, mas a inércia não me deixou. Quatro da tarde! Horas de regressar ao trabalho e ao raciocínio e à lógica e à matemática. Acabou o momento de lazer, ficou nada mais do que o desejo de um pouco de paz!...Até logo!